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Um avesso de comunicar
terça-feira, 28 de julho de 2009
Pra me ler
Ler quem pra
Ler me quem
Ler me pra
Pra quem me pra
Quem me quem
Me quem quer
Me quem quem
Quem me ler
Me quem
Me lem
Me prem
Me pra mer
Mer me quem
Quem quer
Em!?
Explodir a superfície das palavras
E deixar que o silêncio deite
Toda essa expressão
De desmanchar destinos
Deixei que se fizesse erro
A estrutura de um sentimento
Pra não deixar tornar-se nunca
As horas breves
De um amar
Tão longe
"Querer dizer" me diz um gesto
Uma vastidão de não-dizíveis
Danço leve, a dança breve
Me despojo de entender
Com centro no mim
Viajo nela
Ela viaja em mim
Com centro nela
O idioma
travado
na língua.
O destino na saudade.
O silêncio no eco.
Um
rasgo
no tempo
Arrasta horizontes
Meu vôo rasga o espaço
E um tempo transita horizontes deslocáveis
Mundos paralelos inenarráveis
Dançam superfícies de possíveis contatos fotossensíveis
Dançam multidões num peito solitário
O impacto de estar leve rasga o pouso da palavra
Preciosíssimas bagagens deleto pra qu`eu dance
Sentimentos em moléculas
É um silêncio que condensa
Neste tempo que me quebra
Mil gestos me escapam
A cidade é o não-lugar. É o lugar de quase.
Arrombo portas. Não tenho as chaves.
O lugar qu`era meu já não é.
Não é mais placenta. Não é mais aconchego.
Não tem mais lugar que me guarde.
Ao me atirar num abismo de flores
Pássaro
Me faço breve
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