domingo, 3 de abril de 2011

Leitura Machine

Esta leitura que faço já é machine. O pulo do gato para além de mim. Ilusao esta ( tao firme) no horizonte impressa. Sem fim

terça-feira, 16 de novembro de 2010

a 'real' caiu em mim
e eu caí no sono

Para Daiane:

daí de onde você tá não dá pra ver mas faço
de conta que te tenho em amassos

e fico nessa procura
fosse eu um mosquito
iria aí pra te dar
picadura

metáfora fraca talvez essa do mosquito
devaneio febroso do trabalho com a caneta

tão logo retorne quero necessito
de ti

outra surra de buceta

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Já não penso, latejo:

o dispor da imagem
de uma noite acesa:

eusobrevoce:

vocesobremesa

terça-feira, 19 de outubro de 2010

deserto de amantes:
diamantes para amar:
desertos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Saudade: sede de ceder

Uns haicais:

cálice vida

o cio deste silêncio

só pra te cantar







querosabordas

tuaspernascarnudas

pranaoterporque







sei das delícias

realidades outras

no cio da língua









cálice vida

bem no cio deste sopro

um cant'est'ouro

sábado, 28 de agosto de 2010

Ao poeta Alan Barros, três haicais

vint'e quarenta

hoj'a maré é chê-a


nada de nadar



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cála-se vida

a cigarra se canta




do jeito com que


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me tornei noite

é hora do sol nascer



res[pir'a]planta

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quebrar limites pra sentir
com força

As minhas mãos passeando
por tuas coxas



Já sem controle
Por tanto querer o que sacia

Um mundo desmorona
Outro nasce - delicia



Ah, viagem!

Eu - por te possuir na língua
Sou todo vício de linguagem

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

sem pre
[]
sem pos
[pre]
sem te
pre [zen] te

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lá vai um poeta mais ou menos
Recitar uns poemas mais ou menos.

E o público mais ou menos sabe o que quer.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O que é de antes
E de depois
Agora já é
Sensação de coisa que não termina

domingo, 15 de novembro de 2009

Um texto pra dizer ser-tão Brasil

Dizer-tão Brasil
Um ser-tão-texto pra
Brasil tão-dizer
Pra texto-tão ser um

Dizer texto-tão
Brasil tão-dizer
Um ser-tão-texto pra

Brasil tão ser
Tão ser-tão
Ser tão ser-tão
Brasil

Um pra dizer um pra
Texto pra dizer um
Texto pra dizer um pra

Pra

Pra

Pra

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A verdade do verde
a vera

O verde da verdade
a Verônica
Eu com verso

Compr`omisso

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eu não quero ser tão



Eu quero um tanto quanto menos isso ser

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Desaba a cidade nos escombros à venda


Fabrico pensamentos e

Ponho a venda
Por mais que eu me perca
Noutras bucetas

Por mais que por ventura
Brotem de mim multifacetas

Haverá sempre um desejo meu
De te banhar com meus gametas

Sempre um nascer de flores
E um desaguar de canetas

Como um sol que nasce e invade as casas
Por entre as gretas

Hei sempre de te seguir
Oh tal magia

No rastro incinerante
Dos cometas

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pra me ler
Ler quem pra
Ler me quem
Ler me pra

Pra quem me pra
Quem me quem
Me quem quer
Me quem quem

Quem me ler
Me quem
Me lem
Me prem

Me pra mer
Mer me quem
Quem quer
Em!?
Explodir a superfície das palavras
E deixar que o silêncio deite
Toda essa expressão
De desmanchar destinos
Deixei que se fizesse erro
A estrutura de um sentimento
Pra não deixar tornar-se nunca
As horas breves
De um amar


Tão longe
"Querer dizer" me diz um gesto
Uma vastidão de não-dizíveis

Danço leve, a dança breve
Me despojo de entender
Com centro no mim
Viajo nela

Ela viaja em mim
Com centro nela
O idioma travado na língua.

O destino na saudade.

O silêncio no eco.
Um rasgo no tempo
Arrasta horizontes
Meu vôo rasga o espaço
E um tempo transita horizontes deslocáveis

Mundos paralelos inenarráveis
Dançam superfícies de possíveis contatos fotossensíveis

Dançam multidões num peito solitário

O impacto de estar leve rasga o pouso da palavra
Preciosíssimas bagagens deleto pra qu`eu dance
Sentimentos em moléculas
É um silêncio que condensa

Neste tempo que me quebra
Mil gestos me escapam
A cidade é o não-lugar. É o lugar de quase.
Arrombo portas. Não tenho as chaves.

O lugar qu`era meu já não é.

Não é mais placenta. Não é mais aconchego.

Não tem mais lugar que me guarde.
Ao me atirar num abismo de flores
Pássaro
Me faço breve